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Gritos na Floresta

Eu e meus amigos resolvemos acampar. O que se revelou uma ideia deverás imbecil! 

O vento soprava gélido, anunciando uma tempestade, por isso, Gabriel achou melhor montar o nosso singelo acampamento perto do lago.

Tudo estava indo bem, nós estávamos reunidos, rindo, cantando, assando mashmallows ao redor de uma grande e quente fogueira. Nada mais normal para um acampamento.

Até a Isa precisar urinar. Ela se levantou e foi até uma moita um pouco afastada. Talvez se nós estivéssemos menos bêbados, tivéssemos ouvido os gritos de pânico dela.

Talvez, se a gente tivesse bebido menos, ela ainda estaria viva...

Mas nós estávamos muito bêbados e não prestamos atenção. Continuamos com a música e a bebedeira, até ser tarde demais.

Notamos a demora da Isa após uma hora desde que ela saiu. Rindo, fomos atrás dela. Aos tropeções, cambaleantes, e com as vozes de quem exagerou na cachaça. 

Engraçado como você volta a estar sóbrio após levar um susto. Eu me lembro de estar muito bêbada, até encontrar o corpo despedaçado da Isa. Naquele momento, fiquei sóbria de repente.

Havia sangue e entranhas espalhados pra todos os lados. Gritei. Chorei. Entrei em pânico. Minha melhor amiga estava morta. De forma horrível, ela foi assassinada.

Porém não tivemos muito tempo para dedicar ao luto. A noite estava alta e estávamos todos com medo.

Resolvemos voltar ao acampamento, mas antes que pudéssemos chegar perto dele, os gritos começaram. John, não estava mais conosco. Víamos apenas a sombra recortada de uma criatura, golpeando John com as longas garras das mãos.

Em um surto de histeria, eu berrei em pânico. A criatura me ouviu e saiu em disparada em minha direção.

Eu e André saímos correndo feito loucos em direção a floresta. A criatura estava nos perseguindo.

Ela exalava de seu corpo um cheiro horrível de carne putrefata e outros dejetos e emitia um rosnado baixo constante.

Corremos por cerca de três minutos, e então André Berrou alto. Os sons de seus ossos sendo partidos e de seus gritos de dor desesperados ainda me assombram constantemente.

Eu não parei de correr. Corri até meus pés sangrarem e então, continuei correndo.

Passei os próximos dois dias vagando pela mata, até encontrar uma aldeia e pedir por ajuda.

Não sei como ou porque, mas a criatura não correu atrás de mim. Em vez disso, ela destroçou meus amigos e abandonou a área do acampamento.

Nunca mais cheguei perto de uma mata.

E nunca mais acampei.


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