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Saudade Da Minha Terra
Originalmente postado na FASE 10 do Grito de Horror
Pedido por Roberta Silveira

Quando me mudei de São Paulo, uma das capitais mais movimentadas do Brasil para um pequeno sítio no meio de Minas Gerais, minha vida virou do avesso. A internet é lenta, o celular não tem sinal e tenho que andar mais de 1 quimômetro para chegar à escola, que mais parece um mausoléu. Claro, não estou reclamando. Adoro o ar do campo, o silêncio e a caminhada para a escola é repleta de animais em meio à mata que lindamente brilha ao nascer do Sol. Aliás, eu sempre senti que nunca saí de Minas Gerais. Sempre foi o meu berço. Adeus, maldita São Paulo e seu barulho infernal. Eu nem podia acreditar. Estava sorrindo horrores de felicidade. Certo dia resolvi testar minha câmera nova, aquelas estilo Polaroid que imprimem na hora, sabem?! Mas com tecnologia moderna. A melhor invenção atual do homem, com certeza.

Aquela floresta era realmente bonita. Havia uma espécie de "encanto" no ar. Logo avistei alguns pássaros e lhes foquei para uma bela foto. "Meus Deus...", pensei comigo, "as fotos saíram lindas". E bem, aproveitando que eu estava perto da escola, resolvi bater algumas fotos ali, afinal, daria um bom álbum macabro hehe. Um arrepio me deixou imóvel. Congelei de medo quando as fotos foram impressas: estavam todas com um clarão, como se eu estivesse fotografando o próprio Sol. Mas não sou burra. Usei o filtro para me certificar. Continuaram a sair todas da mesma maneira... Exceto uma. Corri para meu pai e mostrei esta única foto, na qual a escola de fato foi capturada, e onde claramente se podia ver várias crianças brincando em frente à mesma. Ele repreendeu imediatamente e disse que eu tinha que esquecer aquela escola. "Mas pai...", ele me interrompeu. "Filha, esqueça a escola ou nunca vai sair de Minas Gerais!".

Ele disse que não poderia haver crianças naquela foto, pois a escola estava abandonada há anos depois que um psicopata escapou e matou algumas crianças que lá brincavam. Por isso as fotos saíram com um brilho ofuscante. Eram as almas das crianças que foram para o paraíso. Foram para o paraíso? Espere... Meu Deus... Eu nunca deixei Minas Gerais. E nunca parei de frequentar a escola. Aquela sensação de nunca pertencer a São Paulo não era pura imaginação... Aquelas crianças eram minhas amigas, e foram brutalmente assassinadas e estripadas. Aquelas luzes eram apenas um sinal para eu me lembrar de que elas tinham caminhado até a luz do "outro lado". Mas infelizmente, a única foto em que não havia luz... Era a que aparecia eu quando criança.

Autor: Alex Lupóz
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