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O Corcunda [PARTE 1]
Originalmente postado na FASE 10 do Grito de Horror
Em um pequeno vilarejo francês, em uma cabana rústica deveras marcada pelo tempo, morava um senhor já de idade e corcunda, chamado Guillaume de Parreaux, este, o ferreiro daquela pequena comunidade. Sua aparência era um tanto peculiar. Tinha pouco mais de quê 1,50 m de altura, cabelos brancos feito neve, uma barba longa e também um dos lados do rosto deformado por conta de um defeito de nascença. Era uma figura conhecida e misteriosa na comunidade, pois todas as manhãs ele levava frutas frescas para uma clareira no meio da floresta, sentava em um tronco velho e conversava com os animais, declamando poesias para a natureza e seus filhos neste estranho piquenique. Todos o conheciam. Era um poço de simpatia e sabedoria.
Infelizmente, era o último descendente dos fundadores da vila que ainda está vivo. seus pais morreram atacados por lobos, e ele ficou aos cuidados de uma senhora chamada Frieda L'eaux, esta que foi considerada uma bruxa quando tentou matar Guillaume ao atingir 16 anos em um sabá, alegando que o Diabo precisava de mais almas. Ela foi queimada viva na frente dele, mas estes eventos não o tornaram alguém amargo. Pelo contrário, não havia como odiar aquele homem. Ele tinha um provérbio ou uma rima para cada coisa, animando os ânimos alheios. Constantemente ele ajudava os moradores, fazendo panelas e ferraduras para os quê não tinham em troca de um jantar em sua própria casa e uma boa conversa. O ferreiro tinha um coração de ouro. Tudo era quase perfeito no vilarejo, não fosse uma espécie de peste que definhava o indivíduo aos poucos, até que este vinha a falecer. A cada mês, um ou mais vinham a morrer por conta desta enfermidade, inclusive, a Sra. Parreaux, esposa de Sr. Guillaume, que morreu há muitos anos. Mas apesar de tudo, como sempre, ele voltou muito bem-humorado de seu passeio matinal e pois se a forjar algumas ferraduras, cantarolando.

A mulher sorriu e agradeceu as palavras. No outro dia, o rapaz pediu esta em casamento em meio a vila. Fizeram uma festança. Ora, Sr. Guillaume sabia das coisas. Pelo menos, quase tudo. Certo dia, Sr. Guillaume se levantou como de costume, pegou a sua cesta e foi para a floresta em busca de sua clareira, mas conforme se aproximava, sentia cada vez mais o ambiente ficar frio, isto em pleno verão. Tudo parecia estranho. O céu estava nublado, escuro e quase sem cor. Não eram nuvens de chuva, eram apenas...nuvens estranhas. Ao adentrar na clareira, não ouviu sequer o som de um só pássaro. Nem cervos, nem cachorros, nem roedores, nem nada. O silêncio era o único som naquele local. Nem o vento balançando os galhos e as folhas das árvores emitia algo. Será que estou ficando surdo?
Já estava pensando Sr. Guillaume, atônito enquanto caminhava lentamente tentando voltar pelo caminho da vinda, mas algo estava muito errado, pois acabava retornando à mesma clareira. Claro, sendo alguém de vasta experiência em vida, não deixou o desespero tomar conta de seu ser. Sentou-se novamente no tronco e pois se a pensar. Será que morri e estou no inferno?
Exclamou ele novamente, pensativo. Ficou por alguns minutos naquela imersão silenciosa e misteriosa, eis que escuta um estalo seco atrás de suas costas, sinal de quê não perdera a audição. Era um cervo enorme de pelagem negra desgrenhada e áspera. Parecia ser de idade avançada a julgar pela pele e pelos ferimentos em seu rosto, quase desfigurado pela velhice. Seus chifres eram maiores e mais espessos que o normal, assim como sua musculatura. Seus olhos eram vermelhos da cor da brasa e brilhavam como duas esferas de aço incandescentes. Exala um cheiro forte no ar, como se fosse feito de enxofre e carne pútrida. Ele só pensava em uma coisa: de onde saiu aquele ser horrendo?
Próxima Parte: Em breve

Autor: Alex Lupóz
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